terça-feira, 7 de junho de 2011

A tal crise dos 3 meses

Faz quase uma semana que a Ju tá um cocozinho. E, de uns dias pra cá, ela tem se tornado um cocozão. Várias crises histéricas e incontroláveis de choro, sem motivo aparente.
Na verdade, vários motivos aparentes mas nenhum motivo conclusivo. Minha casa parece a (péssima) campanha da Pepsi: tudo 'pode ser'.
- O nariz está escorrendo um pouco, o pai estava doente... pode ser resfriado.
- A gengiva parece mais branca, a baba aumentou consideravelmente, ela morde a chupeta e os dedos o dia todo... pode ser dentinho.
- Depois do choro normalmente vem muitos puns e cocô... pode ser cólica.
- Ela está sempre aparentando lutar com o sono enquanto berra... pode ser birra antes de uma sonequinha.
Ou seja, eu não tenho idéia de qual é o problema real. Talvez uma combinação de todos? Talvez nenhum deles? Fico admirada com aquelas mães que sabem exatamente o que acontece com os filhos em cada crise que eles tem, mas não sei se consigo acreditar que elas são tão boas assim. Será que tem como saber o que está errado só de ver o jeito do filho ou de ouvir o seu choro?
Comecei a pesquisar sobre a crise dos 3 meses, quando o período simbiótico chega ao fim e a criança se dá conta de que ela e a mãe são coisas separadas. Também vi que na mesma época (é claro, quem disse que ia ser fácil?) acontece uma crise na amamentação por causa de um pico de crescimento da criança, quando ela demanda mais mamadas para naturalmente aumentar a produção de leite da mãe.
Como nada pode ser generalizado, alguns sintomas batem certinho com esses meus últimos dias, outros não. Mas acredito que estamos, sim, no meio de uma bela de uma crise. A pediatra vai examiná-la na sexta-feira e, se realmente não tiver problemas físicos, o negócio é ajudar a pequena a superar essa fase e esperar, que uma hora acaba.
O mais engraçado é que ela passa por uma crise no mesmo momento que eu passo por uma crise. Estamos começando a preparar tudo para meu retorno ao trabalho. Agora já não ignoro mais o assunto, já consegui tomar um ânimo para tentar fazer o melhor possível para que a gente não sofra muito. Mas estar disposta a fazer as coisas não quer dizer que eu gosto delas. Estou realmente triste, por mais que saiba que muitas mães fazem isso e que não é o fim do mundo. No meu caso, é o fim do meu mundo do jeito que ele é agora, de uma forma e em um momento que eu considero muito injustos.
Pode até ser que aos 3 meses de idade a criança se dê conta de que ela e a mãe são seres separados. Mas será que a mãe está pronta para se dar conta da mesma coisa?

5 comentários:

  1. vou aconselhar de novo: leia "amaternidade e o encontro com a propria sombra", da laura gutman...vai te ajudar a eliminar uma porçao de "pode ser"... ; )

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  2. Muito bom post, praticamente sem tirar e nem por com o que está acontecendo lá em casa, inclusive a sessão de "pode ser", que lá em casa é "eu acho". heheh
    Cada manhã acorda-se com um novo "eu acho que".
    Força aí mamães!

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  3. nossa, também estou nessa mesma fase e procurando alguma "luz" no google achei seu blog. Vi que foi em 2011 que escreveu este post. Vc. lembra como isso passou? Bjs

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  4. Nossa, Maricota, já faz tempo mesmo. Parece que foi recente (pouco mais de 1 ano e meio atrás), mas as coisas mudam tanto e tão rapidamente que essa crise está milhas de distância agora.
    Eu não lembro bem como passou. Mas acho que foi como todas as outras crises. Um dia, ela simplesmente acabou.
    Um pouco porque a Ju a superou, um pouco porque eu e ela aprendemos a lidar com as novas situações. Até a coisa mudar de figura novamente. E assim vai indo...

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  5. ser mãe é um eterno aprendizado mesmo né Éricka! Bem, obrigada mesmo assim pois estou lendo todo seu blog e me conscientizando de coisas que eu ainda nem sabia que poderiam existir. E estou adorando viu! =)

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