É engraçado como esses grupos de apoio à mães fazem bem pra mim. Lembro de uma reunião que fui na qual percebi que todo mundo tinha problemas na amamentação, todo mundo tinha dificuldades com o banho de balde, todos os bebês queriam ficar 24 horas por dia no colo. Percebi nesse dia que a Ju não era diferente, não tinha problemas e que eu não sou assim uma mãe tão ruim.
Ontem eu vi várias mães que queriam muito um parto normal sem intervenções e, mesmo tentando e tendo médicos humanizados e doulas dando apoio, não conseguiram. Vi mães que não tem o apoio do pai do bebê. Bebês com dificuldade extrema para amamentar, mães com mastite ou seios rachados e sangrando.
Aí, olhando para a minha experiência, acabei chegando à conclusão de que sou não só normal, mas sou sortuda. Meu corpo e minha bebê trabalharam tão bem durante o trabalho de parto que não deu nem tempo de irmos para o hospital. Eu não tive nenhuma rachadura ou dor nos seios para amamentar. Não tive falta de leite. O Fabio está sempre presente, envolvido e me ajudando demais. A Ju até teve alguma dificuldade para mamar, que me tirou a tranquilidade por um tempo, mas tudo parece estar resolvido de uma maneira simples e rápida.
Claro que nossa família não é aquele modelo que eu tinha na cabeça: bebê que toma banho de balde, aceita shantala, tem seus horários todos previsíveis, mamãe que entende o que o bebê quer só de ouvir o choro, que se sente inundada de amor 24 horas por dia, que não cansa nem se estressa.
Eu ainda me deparo com umas mães e bebês que parecem muito com esse modelo e sinto um pouco de inveja. Mas essa inveja está dando lugar à dúvida 'será que é assim mesmo?'. Porque passei a acreditar cada vez menos nesse modelo. E passei a não querê-lo mais para mim. Só preciso diminuir cada vez mais a minha neura. Eu, o Fabio e a Ju estamos muitíssimo bem assim do jeito que somos, obrigada.
Duvide, duvide sim...
ResponderExcluirVocês três são demais!!