quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ciúmes

A Ju está com dificuldades para dormir. Deve ser mais uma das crises, normal, já nem ligo muito. Acontece que, dessa vez, ela tem apresentado o que a gente interpreta como uma vontade de tentar dormir sozinha. Ela fica se virando para o lado e colocando o paninho na cara, chupa a chupeta e fecha os olhos, quase dorme, mas não consegue cair no sono. Fica muito tempo assim, até se irritar de vez.
Vendo isso, o Fabio resolveu colocá-la no carrinho e ficar balançando, pra lá e pra cá, só para testar. E ela dormiu. E não foi só uma vez.
Eu não consigo ficar 100% feliz com isso. Parece que ela já não quer meu colo, ou já não precisa dele. É um sinal de que ela cresceu mais um pouquinho, está ficando cada vez mais independente, e isso é ótimo. Mas eu ainda não estou nem um pouco independente e estou MORRENDO de ciúmes do carrinho.

Um mundo novo ao seu redor

Desde sábado que a Ju está experimentando outros alimentos. Chegou a hora dela comer e beber outras coisas ALÉM do tete da mamãe aqui e eu estou sentindo várias emoções ao mesmo tempo. Estou aflita por perder a praticidade e garantia do peito, afinal vou passar a ter que comprar alimentos bons (saudáveis, orgânicos, limpinhos, maduros, etc) e cozinhar para ela, duas coisas que não sei fazer. Além disso, estou hora feliz e hora triste porque ela está crescendo. E, se pra mim já é um mundo novo, imaginem pra ela.
Com orientação da Elena do MamaÉ, estou focando na experimentação e não no valor nutricional. Afinal, grande parte da nutrição dela ainda está garantida pelo leite materno e essa alimentação é complementar.
Por isso, não me preocupei muito em como ou quanto ela comeu ou bebeu. A previsão era começar com suco (fruta batida, ok? nada de água) pela manhã nesse fim de semana que passou e, enquanto eu preparava o suco de melão, peguei um quadradão da fruta e dei para ela. A bicha pegou, apertou, queria jogar e pegar de novo (isso eu não deixei, ahahah). Aí eu comecei a colocar na boquinha dela. Caras de 'que porra é essa?' seguidas de umas lambidas e por fim uma bela 'mamada' no pedaço de melão. Na hora de tomar o suco, ela já estava familiarizada com o sabor, mas não entendeu como funcionava o copo de transição (já são 4 bicos diferentes na vida dela, né?). Mais mordeu e babou do que tomou, mas pelo menos pareceu gostar do novo sabor e textura.
Hoje foi a vez da laranja lima. Fruta bem menos doce, né? Fiz o suco com o bagaço, mas ele simplesmente entopia os furos do copo, então acabei coando contra minha vontade. Demos para ela tomar e as caras de 'treco azedo horroroso' tomaram conta dela, e as mãozinhas empurravam o copo para longe. Não tive dúvidas! Cortei uns gomos, tirei as sementes e dei para ela chupar. Foi hilário! Ela queria, mas não queria. Era bom e diferente, mas era azedo. Chupava, empurrava para longe e voltava a chupar.
A experiência foi ótima! Ver a Juju descobrindo coisas novas, que são super simples pra nós, é delicioso! Ela fica maravilhada com uma simples laranja! E a gente lembra que a vida é, no fundo, simples.

sábado, 27 de agosto de 2011

Acho que perdi meu reino

Lembram quando eu estava dando o meu reino por um emprego meio período? Acho que preciso me preparar para pagar...
Não é que consegui esse tal emprego, mas consegui um que me permite trabalhar quase 90% do tempo em homeoffice por alguns meses.
Fantástico! Eu vou manter a Ju na escolinha durante as 4 horas do período da manhã, assim posso trabalhar sossegada e o Fabio pode cuidar das coisas dele. Mas à tarde ela volta para casa e, enquanto eu trabalho, fica aos cuidados do pai, com a diferença de que a mãe agora está perto (e ela vê isso), podem rolar umas sessões colo-materno de vez em quando, as mamadas da tarde serão no peito... Além disso, eu consigo ter uma certa flexibilidade de horário, ou seja, estando com as pendências em dia, eu posso aproveitar uma feira de rua de manhã ao invés de ir com uma bebê no supermercado lotado à noite, e deixar para recuperar esse tempo de trabalho no fim de semana ou quando ela estiver dormindo.
Só preciso de MUITA disciplina. Nunca trabalhei homeoffice antes e sei que não é todo mundo que consegue. O apoio do Fabio vai ser imprescindível. Por enquanto está tudo caminhando direitinho, espero que continue assim.

Visita ao MadreSer

Quinta fui no MadreSer dar o relato do parto da Ju. Foi super bacana! Mas não dá pra negar que algumas vezes eu sentia um ar de 'chocadas' nas meninas que foram assistir... Acho que é normal, né? Foi um parto meio atípico e um pouco polêmico.
Mas o principal é eu perceber o quanto falar do parto me faz gostar mais ainda dele. É exatamente como escrevi atrás da foto que demos de presente para a Re: foi o dia mais feliz das nossas vidas.
Re e Deny, MUITO OBRIGADA PELO CONVITE.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Escolhendo suas batalhas

Tenho pensado muito sobre tudo o que envolve o modelo de maternagem que eu estou tentando seguir e a minha capacidade (ou vontade) de aceitar e praticar tudo isso. E cheguei à conclusão de que o fato de não comprar o pacote todo não põe tudo a perder. Pelo menos no meu caso, acho que é uma questão de escolher suas batalhas e trabalhar dentro das suas prioridades e possibilidades.
Tem um monte de coisa na criação da Ju que eu faço questão e outras que acabo relevando. Faço questão de aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e depois prolongado, com um possível desmame natural. Então me desdobro pra continuar dando LM mesmo com o meu retorno ao trabalho. Faço questão de cama compartilhada, então acabo deixando o maridão e a vida sexual um pouco de lado nesse período (correndo o risco de levar uma bronca do tal maridão, que também tem suas necessidades, né?). Fiz questão de um parto humanizado e respeitoso, e assim foi.
Por outro lado, aceitei o uso da chupeta e da mamadeira, dentro do que eu acho tolerável (chupeta para dormir, sem virar um 'cala-boca-nenê', mamadeira para se alimentar quando estiver longe de mim, após a tentativa frustrada do copinho), ainda não consegui usar fralda de pano (apesar de ainda ter vontade - quem sabe um dia?), ainda não consegui doar leite (mesmo caso da fralda). Do mesmo jeito que sonhava com uma escola meio Waldorf, com brinquedos de madeira, brincadeiras na terra e 0 de televisão, mas não tenho grana para isso.
Apesar de sempre ter sido contra a chupeta, me deparei com uma bebê com uma necessidade imensa de sugar mas que recusava o peito cheio de leite. Apesar de sempre ter sido contra a mamadeira, me deparei com tentativas frustradas de usar o copinho e o risco de o pessoal da escolinha não a alimentar direito com esse artifício. Apesar de querer usar fralda de pano, me deparei com a vida moderna, tendo menos tempo que minha mãe tinha para cuidar das coisas da casa e dos filhos. Mesmo querendo doar leite, me deparei com a demora para me adaptar com a rotina de esterilização de potes e bomba e, quando consegui me adaptar, todo o leite ordenhado virou alimento da Ju. Mesmo querendo passar o dia todo com a Ju em casa, me deparei com a mesma vida moderna que me obriga a voltar ao trabalho antes do momento que eu gostaria e com a necessidade de deixá-la em uma escola que se revelou a melhor opção dentro do que eu posso pagar, com os melhores horários para minha rotina e em um lugar próximo o suficiente da minha casa.
Ou seja, acho que o principal é aceitar a realidade como ela se mostra e confiar nas nossas decisões. E, acima de tudo, se dedicar ao máximo. O nosso máximo.

domingo, 14 de agosto de 2011

Cantem comigo!

Ontem a Ju rolou-ou-ou! Ontem a Ju rolou-ou-ou!
Ontem a Ju roloooooou, ontem a Ju rolou-ou-ou!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Sem contar que tudo o que a Ju não me machucou nesses meses está sendo machucado pela bomba. Afe!

Não é por nada não,

mas esse negócio de se trancar no banheiro pra tirar leite 3 vezes por dia todo santo dia é um pé no saco!
Não vou deixar de fazer, sei da importância do leite materno para a Ju, não aceito a possibilidade de desmame agora, blablablablablablaaaaaaaaaaa... Isso não impede que seja um servicinho chato pra burro.
Bom, vamos lá apertar as tetas de novo, né?

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Suuuuuuuuuuuucesso!

Faz alguns dias que estou tentando estabelecer uma rotina de sono pra Ju. Resolvi tentar para ver como ela responde a isso. Afinal, a bichinha está tendo que entrar em uma rotina agora que vai na escolinha e, pelo menos aparentemente, está se dando bem com ela, sem sofrimento e sem forçar. E a rotina do sono noturno também parece que está dando muito certo!
A tal rotina é uma massagem, um banho quente, tetão e cama. A massagem não é nenhuma específica. Uso alguns movimentos da shantala que eu lembro de oficinas e fotos que vi, mas não sigo a risca, vou mais no instinto e na aceitação ou não da Ju. O banho quente é de banheira. Afinal, não nos adaptamos ao balde. O tetão é o meu mesmo (ahahaha).
No começo foi mais ou menos. A Ju não entendia muito bem o que era a massagem e eu não conseguia acertar a hora de começar tudo. Ou começava quando ela já estava com muito sono, o que gerava um choro daqueles, ou fazia enquanto ela estava com nenhum sono, e ela simplesmente não dormia. Mas de uns 3 ou 4 dias pra cá tenho acertado. Estou mais confiante enquanto faço. E ela tem dormido mamando.
Nos primeiros dias que deu certo ela capotou. Coincidiu com os dias que ela ficou mais tempo na escola, então acho que era uma mistura de cansaço com o ritual. Já nas duas últimas noites não foi assim tão bom. Ela está com o sono agitado e não quer saber de ser colocada na cama (nem durante a noite, ela só aceita dormir abraçada comigo - adeus costas). Essa agitação noturna provavelmente tem vários motivos: as cochiladas enormes que ela tem tirado a tarde, o fim da semana (já faz 5 dias que ela está passando os dias sem a mãe e isso é novidade), ela vai virar mês na semana que vem e sempre tem uma crisezinha, anda com muitos gases e dorzinha de barriga, ou seja, vários fatores. Mas acho que, sem o ritual, seria pior. Não que ela já tenha acostumado e já saiba que essa sequência de coisas quer dizer que é hora de dormir, mas mais porque é relaxante mesmo. Além de ser um tempinho só nosso todo dia, né?
Ainda não sei se estou dando corda para me enforcar: pode ser que eu não tenha saco para fazer isso todo dia, mas precise fazer mesmo assim; além do que o ritual acaba restringido o sono noturno da Ju à minha presença. Mas por enquanto estou curtindo. Torçam por mim...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ultimate test

É hoje! A Ju fica o dia todo na escolinha (snif) e o pai só chega em casa quase na madrugada. Agora sim vou ser colocada à prova: dar conta de bebê carente e preparações para o dia seguinte, ainda tendo que conseguir tomar banho e jantar. Sozinha.
Claro que eu já fiquei milhões de vezes sozinha com a Ju, inclusive quando o Fabio viajou por 4 dias. Mas não sei qual vai ser a reação dela ao dia todo na escolinha.
Sim, eu sei que tem um montão de mãe solteira por aí que faz isso todo dia. Foda-se. Eu nunca fiz e vai ser um mega teste. Wish me luck!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Vai um pouco de hormônio do leite, aí?

O que são a ocitocina e a prolactina, né?
Sexta-feira eu tive bastante dificuldade na ordenha. Eu estava preocupada com horário (só tenho direito a meia hora, mas estou levando 1 hora inteira), estava louca de saudade dela, cansada por não estar acostumada com a rotina do trabalho, ou seja, saiu bem pouco leite.
Mas aí veio o fim de semana, dois dias em casa com a gorda. Ela se pendurou nos peitos (ela devia estar com saudade) e eu deixei (eu com certeza estava com saudades). Ficava nas tetas mesmo sem mamar, só por ficar, dormiu no peito, sugou até não poder mais. E hoje de manhã eu cheguei na agência parecendo Pamela Anderson antes de tirar os implantes.
A primeira ordenha foi show! A segunda mais ou menos. E a terceira, agora a tarde, foi novamente sofrida.
Agora as tarefas do fim do dia vão além de ferver potes, ferver bomba, arrumar a malinha dela, ler e escrever os bilhetinhos da escolinha, fazer janta, fazer a rotininha do sono etc etc etc. Ainda vou ter que fazer o sacrifício (rsrsrsrsrs) de ficar com minha bebê no colo, sugando meu peito e olhando pra mim o máximo de tempo que puder, principalmente durante a noite.

Invejinhas

Acho que todo mundo já ouviu falar pelo menos por cima da teoria de Freud que diz que a mulher tem inveja do falo e o homem tem inveja da gestação. Apesar de achar algumas coisas que o Freud dizia forçadas demais e brincar que ele era um tarado que queria comer a própria mãe (na minha santa ignorância sobre o tema), eu concordo com essa teoria. Muita gente já me ouviu dizer que eu morro de vontade de ter um pinto (sim, eu falo pinto e não pênis, ok?). Deve ser ótimo ter uma amiguinho companheiro desde que nasce, fazer xixi em pé, além do poder masculino que ele representa. Mas pude presenciar o restante da teoria ontem.
Estávamos eu, o Fabio e a Ju na casa dos meus sogros, churrascando e conversando. E o Fabio contava o quanto está amando dar mamadeira para a Ju nas tardes que eu estou no trabalho. Ele contou que não sentiu tanta inveja da gestação (mas deveria, porque ficar grávida foi a coisa mais deliciosa que já me aconteceu; eu poderia ficar grávida por um ano e meio fácil, fácil), mas que sente inveja da amamentação. Gente, vamos entender 'inveja' como um sentimento positivo, ok? Tipo uma admiração. Tirem a carga negativa da palavra, por favor. Mas, voltando, o Fabio está maravilhado com o quanto é bom ser saber que você está alimentando sua cria, sentir o olhar dela para você, segurá-la no colo e passar todo amor e segurança durante esse momento.
Amamentar é mesmo fantástico. Apesar de todas as dificuldades do início. Não troco essa hora minha e dela por nada. E vou continuar amamentando até o momento em que nós duas estivermos prontas para parar.