segunda-feira, 20 de junho de 2011

O drama do berço

A Ju tem 3 meses mas só no fim da semana passada que eu finalmente terminei de arrumar o berço dela. Resolvemos que ela vai conhecer esse móvel do quarto aqui em casa, antes de ir para a escolinha, para o choque lá não ser tão grande. Então, de vez em quando, a gente coloca ela para brincar ou tirar seus cochilos diurnos no berço.
Foi muito mais fácil que eu imaginava. É só colocá-la no berço quando ela já estiver em sono profundo que ela fica na boa. E o acordar assustada num lugar diferente, que era meu maior medo, nem acontece. Ela fica super bem, não chora, fica quietinha brincando. Aliás, ela AMA brincar dentro do berço.
Acontece que, mais por uma coincidência de acontecimentos do que por vontade nossa, a Ju acabou passando uma grande parte dessa noite no berço. E não foi lá aquelas coisas...
Até a primeira mamada da noite, as 12h00, ela dormiu super bem. Eu acordei com ela começando a ranhetar (dormi em um colchão do lado do berço, para evitar que ela tenha que berrar até eu conseguir atendê-la), já dei tete e ela ficou bem. Mas aí os problemas começaram.
Primeiro que, na nossa cama, é só esperar ela arrotar um pouco, checar se está dormindo e deitarmos juntas. Qualquer reclamação dá para contornar com um abraço ou um cheirinho da mãe. Já no berço, tenho que garantir que ela está dormindo bem pesado para poder colocar de volta. Numa dessa, juntando a ninada com os meus próprios cochilos, era 1h30 quando ela deitou de novo no berço.
Só que isso não quis dizer que eu dormi. Ela começou a se contorcer muito, ainda dormindo, e a soltar vários e puns. Então eu levantava de 10 em 10 minutos pra checar se ela tinha acordado, porque ouvia barulhos dela gemendo e se mexendo.
Até que as 3h00 resolvi trocá-la (o cheiro indicava que havia mais do que puns naquela fralda). A bichinha achou que já era de manhã e acordou completamente. Resolvi colocar no peito, para ver se dormia. Aí a nega aproveitou o estímulo para fazer mais um cocozão. Toca trocar a fralda de novo.
Aí era festa. A Ju tinha certeza de que já era hora de acordar e ficou falando, sorrindo, brincando com o móbile no trocador. Tive que fazer ela dormir ninando, cantando, afagando. Era mais de 4h00 quando a devolvi para o berço.
Só que, as 5h00, a pequena acordou de novo. Dei mamar e desisti. Deitamos as duas no colchão no chão mesmo. E foi lá que ela acordou de novo as 7h30, quando eu resolvi levantar de vez.
Fiquei comparando as noites que ela passa na nossa cama com essa. Não posso negar que o berço nos ajuda a dormir mais à vontade. A Ju na cama limita os movimentos, posições e até a profundidade do sono. Mas o fato de eu ter que levantar toda hora que ela emite algum som suspeito é terrível. Na cama, qualquer grunhinhadinha pode ser checada com uma espiada, sem nem me mexer. E, se o problema for fome, é só acoplar na teta. Caso seja cólica, uma massagem ou abraço ali mesmo ajudam bastante. Meu maior desejo essa noite era um espelho no teto do quarto dela, para eu olhar dentro do berço sem ter que sair do colchão...
Além disso, tem a falta da presença uma da outra. Claro que não posso afirmar que a agitação dessa noite foi porque ela estava "longe" de mim. Na cama já tivemos noites até piores que essa. Mas confesso que senti falta dela do meu lado a noite toda. E acho que ela também sentiu falta da gente.
Até aceito que o berço seja uma alternativa para um dia ou outro. Mas realmente não estou preparada para tirar a pequena do meu lado tão cedo...

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