sábado, 11 de fevereiro de 2012

Decepção, a gente vê por aqui

Como é ruim quando a gente se esforça MUITO pra fazer o melhor possível, e aí vem alguém e coloca tudo a perder.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Presa num poço de frustração

A Ju está faz alguns dias nas suas crises de inapetência. Dessa vez, nem teta ela tá querendo muito. Tá comendo pouquinho, recusando várias coisas. E eu rebolando pra tentar descobrir o motivo e ajudá-la a comer melhor.
O primeiro palpite era o calor. Calor tira a fome por comidas quentes. Então hoje lá foi a mamãe fazer uma salada de macarrão geladinha. E ainda juntei várias teorias que são bacanas para a hora da refeição, tentando tornar aquilo o mais convidativo possível. Coloquei macarrão inteiro, pedacinhos de legumes cozidos, pedacinhos de queijo branco, folhas de espinafre picadas, grãos de bico inteiros bem molinhos, uma gema de ovo para 'dar liga', um tomate cereja orgânico picado. Tudo temperado com azeite e cheiro verde. Deixei na geladeira para ficar geladinha. Ainda fiz uma versão para os adultos, bem parecida, mas com alguns ingredientes diferentes. Assim todos comeríamos juntos, na mesa, a mesma refeição. Ela poderia comer com as mãos e fazer bagunça com a comida.
E fomos lá, bacanões, almoçar. E ela não comeu nada. Neca. Nem queria experimentar. Chegou a colocar um tomate na boca, mas quase vomitou (ok, nesse caso eu admito que sabia que ela não gosta, mas resolvi tentar de novo). Deu uma leve experimentada num queijo, mastigou e cuspiu um grão de bico, cuspiu os legumes em cubinhos, brincou com o macarrão.
Aí partimos pra sobremesa. Ontem fiz um sorvetão de manga mega concentrado, lindo e uma delícia. Fiz também para o papai e a mamãe, comemos a sobremesa juntos. Pergunta se ela quis. Quis bosta nenhuma.
Ultimamente nem teta ela está querendo direito. Eu ofereço, achando que vai se acabar de tanto mamar porque não comeu muito e porque está super quente, a nega dá meia dúzia de sugadinhas e pronto, me deixa com a teta vazando.
Aí penso: tudo bem é uma fase. Mas pego o caderno do berçário no fim da tarde e vejo que ela comeu tudo. TU-DO! Pergunto pra tias como é dada a refeição, imaginando que talvez elas forcem a barra. E descubro que a Ju fica empolgada quando vê o prato, que reclama se algum outro bebe passa na frente dela e que já vai abrindo a boca enquanto a tia reabastece a colherzinha. Ok, pode ser que a comida seja mais temperada que em casa e pergunto do sal. Todas as tias garantem que é uma quantidade mínima, que a comida é super insossa.
A teoria de que o melhor é deixar a criança comer sozinha, que ela sabe o que precisa, quando precisa e quanto precisa, que não deve insistir ou forçar e tudo mais é linda. Entendo, concordo, gostaria muito de fazer. Mas na prática é frustrante pra cacete. Ir lá, planejar uma refeição gostosa, fazer tudo para ser legal pra ela, e tomar na cara. Odeio admitir, mas eu cheguei a soltar uns suspiros frustrados e até mesmo mostrar pra ela minha tristeza. Não tá certo, eu sei, não faz sentido querer fazer tudo certo mas jogar no colo da menina toda a carga da minha frustração, mas eu acabei não me segurando e soltei uns "Poxa vida, Julia, pelo menos experimenta.", "Por que você não quer?" e o clássico "Come só um pouquinho pra mamãe.".
Tudo errado. E eu continuo aqui, nesse poço de frustração.

Hoje é o seu dia, que dia mais feli-iz!

Mês que vem a Juju faz um ano fora da barriga (alor???) e a gente inevitavelmente entrou no dilema da festinha de aniversário.
Nossa ideia original (e vontade mais forte) era de passar o dia todo só nós 3, num passeio delicioso, curtindo a família da forma que ela existe agora. Mas não dá. A Ju faz parte de vida de um monte de gente, temos certeza que todo mundo vai querer vê-la e 'dar um presentinho'. E não estamos a fim de administrar 17268797372 visitas durante um mês inteiro no mínimo.
Então vai ter festinha. E a gente tem que organizar. Não vai rolar buffet, acho muito caro e absolutamente desnecessário. Uma festa exagerada demais para um bebezinho.
Vamos então fazer uma festinha no salão de festas do condomínio mesmo. Tudo caseiro e simples. Cada vovó faz um prato, bexigas coloridas na parede, mural de fotos. Teoria linda, né? HÁ!
O primeiro stress foi o cardápio. Como fazer com a Ju? Dar as tranqueiras da festa ou fazer um cardápio separado pra ela? Fazer um cardápio diferente pra todo mundo comer igual, correndo o risco de desagradar por não ter o tradicional brigadeiro? Muitas conversas com amigas depois, decidi pelo cardápio misto: coisas específicas para os bebês, mas que todos podem comer; e cardápio só dos adultos, que a Ju não vai ter acesso. Ainda corremos o risco de ouvir aquele papo de 'Dá um pedacinho de bolo pra ela, coitada, ela tá com vontade, é o aniversário dela, é só um pouquinho, blablablablabla...' Mas aí eu já tô com a minha cabeça formada, vou fazer que nem os pinguins de Madagascar e vamos que vamos.
O stress do momento tá sendo a montagem da festa em si. Eu começo a viajar e esqueço da proposta original: simples e caseiro. Aí tenho que ficar me lembrando que não precisa de decoração, de video de fotos, de lembrancinha bacanérrima, de personalização. Claro que vai ter gente que vai achar tosco, mas tô tentando relaxar quanto a isso. Relembrando que o Fabio precisa ajudar ou não vou dar conta. E, querendo ou não, a decisão de fazer a festa foi dos dois.
O mais foda está sendo a lista de convidados. Temos que priorizar família, sempre rola uma politicagem: se chama X, tem que chamar Y, se chama A, não pode chamar B. UM CU! Aí acaba tendo que cortar alguns amigos que foram importantíssimos nesse ano para colocar gente que viu ela 2 vezes. Me explico que amo essas pessoas que viram ela 2 vezes, mas o salão tem limite de pessoas e eu acho que faz mais sentido comemorar com quem realmente participou desse início de vida da Ju.
Mas a gente vai resolver tudo e fazer a melhor festa possível. E não vamos agradar todo mundo. NUNCA. No fim, o mais importante é a gente curtir nossa filha nesse dia. Brincar muito com ela, celebrar o fato de que ela existe. E dane-se o resto do povo.