Ontem o mamaço estava bem gostoso. Mais frio que que a gente gostaria, menos participantes do que a gente esperava. Mas as poucas pessoas que apareceram conseguiram animar o evento e espantar o frio.
Para variar, a Ju era uma das crianças mais novas do lugar (se é que não era A mais nova). E eu era, portanto, a mãe menos experiente de todas. Nitidamente atrapalhada com aquele monte de bolsas, derrubando fralda no chão, deixando as pessoas falando sozinhas quando a Ju chorava.
Chorava mesmo! A bichinha resolveu dar um showzinho particular e abrir o berreiro. Essa crise dos 3 meses, intolerância a lactose, refluxo, cólica ou qualquer que seja o motivo do chororô realmente atacou essa semana. Eu tentando quase que em vão acalmá-la e as pessoas olhando com cara de 'Meu deus, o que ela está fazendo com essa criança???'. Coisa que já estou me acostumando...
Até mesmo porque sei que todo mundo ali era do bem. Chega a ser engraçada a quantidade de gentilezas que eu recebi. Todo mundo ajudando a cobrir a Ju, catando as coisas que caíam no chão atrás de mim, pegando as coisas que eu precisava na bolsa. 'Será que ela não está com frio?', 'Você precisa de alguma ajuda?', 'Se não trouxe mais um casaco ou touquinha eu posso emprestar' eram algumas das frases que eu ouvia. Todas super prestativas.
Pois é, pode ser que a Ju tenha passado frio ou que eu tenha feito algumas muitas cagadas nesses quase 3 primeiros meses da vidinha dela aqui fora. Mas sei que estou fazendo o melhor que eu consigo. E em uma boa parte do tempo eu nem sei direito o que estou fazendo, só estou tentando descobrir da melhor forma.
E não é assim com todas as mães? Umas mais instintivas do que outras, mas acredito que ninguém nasce sabendo cuidar de um bebê. Tenho dó dos pequenos, que acabam sendo cobaias das mães. Mas eles também estão aprendendo a viver. Sinto que tudo isso faz parte do processo. Por isso tento não ligar para as caras de reprovação que recebo quando a Ju está chorando em algum lugar público.
Pois é, ontem passei pelo meu primeiro marco de desenvolvimento. Foi a primeira vez que saí com ela e perdi/esqueci algo para trás. Foi a tampa da chupeta. Coisa simples, sorte que não foi a máquina fotográfica. Mas quando percebi, fiquei bastante chateada. 'Poxa, será que sou assim tão desligada ou atrapalhada?', 'Não tomo cuidado com as coisas?', 'Será que não tomo cuidado suficiente com ela?'. Mas agora já estou pensando que isso acontece mesmo. E vai acontecer muito mais vezes.
Mas ainda tenho esperança de encontrar a tampinha no fundo da bolsa ou caída no banco do carro...
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