De uns dias pra cá estou a maior bichinha da paróquia. Tudo relacionado a Ju me faz chorar. Olho pra ela dormindo e choro, canto pra ela e choro, leio sobre maternidade e choro. Será que uma hora essa sensação de falta de ar de tanto amor diminui? Será que a gente se acostuma com a maternidade a ponto de não se emocionar com qualquer coisinha?
É um saco ter que admitir, mas eu concordo com aquelas pessoas que me falavam 'você só vai saber o que é ter um filho quando tiver um'. Pois é. Eu sempre ouvi falar do tal amor incondicional, mas nunca tinha sentido algo desse tipo. Uma coisa que te transborda, que chega a doer. É lindo, mas um pouco assustador.
Agora vai ser minha vez de falar que só quem é mãe sabe o que é ser mãe. E aceito que, por mais que seja um saco ouvir essa frase porque ela soa arrogante, esse sentimento é verdade em qualquer situação: só um médico sabe o que é ser médico, só quem perde algo importantíssimo na vida sabe o que é isso, só uma mãe sabe o que é ser mãe. Algumas coisas são necessárias serem vividas para serem sentidas de verdade.
Mas ainda não concordo com o 'toda mulher tem que ser mãe, você só está completa quando tem um filho'. Maternidade é uma escolha pessoal, ninguém tem obrigação de sentir desejos maternais. Até concordo com o pediatra do vídeo que vi esses dias (e esqueci totalmente do nome, mas ele escreveu 'Criança terceirizada', um livro que parece ser bem bacana): pense bem e veja se você realmente quer ter filhos. Eu queria e agora estou sentindo na pele. E agradeço todos os dias por isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário