Eu resolvi checar de verdade como a Julia, eu e o Fabio nos comportamos com ela dormindo no seu berço, no seu próprio quarto. Preciso admitir que, mesmo amando ela na nossa cama e não vendo a possibilidade de negar a cama compartilhada caso seja essa a necessidade dela, eu sinto sim falta do meu quarto como ele era antes, do Fabio do meu lado e da liberdade de movimentos enquanto durmo. Além disso, acho que a Ju não é assim tão apaixonada pela cama compartilhada. Ela não consegue dormir direito se for grudadinha em mim e não mama comigo deitada. Na verdade, tem que ter um travesseiro entre nós duas (que ela abraça e enfia a cara).
Claro, não nego os benefícios de estar próximo da mãe, mesmo sem ser grudadinho. O cheiro, o atendimento rápido às necessidades noturnas, os hormônios, o acerto do relógio biológico, o tranquilidade de ambos. Mas preciso tentar nem que seja para tirar da minha cabeça (de novo, né?). Algo me diz que ela pode dormir mais tranquila, sem acordar com cada virada minha ou tosse do Fabio.
Então ontem arrumei o bercinho bonitinho e limpinho, coloquei o colchão do lado. Eu ainda vou dormir uns dias do lado dela e depois ir para meu quarto. Eu NUNCA dormi em um cômodo e ela no outro, a não ser as poucas vezes que fui para a sala enquanto ela dormia do lado do pai. Nunca dormimos as duas sozinhas em cômodos separados, então não estou acostumada em acordar com ela me chamando de um quarto vizinho. Simplesmente não dá para me distanciar assim, de repente. A ideia é testar com ela no berço e eu no chão por uns dias, depois mais uns dias em quartos separados e ver como a coisa se comporta. Se não der, de volta pra cama dos pais, sem nem pestanejar.
Bom, o primeiro dia foi neutro. Não quis dizer nada, pelo menos eu não entendi nada de especial...
A Ju mamou assim que chegou da escola e, para minha surpresa, capotou. Surpresa porque nos últimos dias ela tem se recusado a dormir de uma forma impressionante. Tanto que eu nem troquei ela antes de dar a teta, achei que ainda ia rolar um banho e uma sessão infinita de brincar na cama e tetadas até o capote definitivo.
De qualquer forma, como ela dormiu, tive que coloca-la na minha cama e arrumar o quarto dela. Nesse tempo ela acordou algumas vezes para mamar/chupeitar e, numa dessas acordadas, fiz a transferência. Deitei do lado do berço e lá fomos nós.
A Ju acordou do mesmo jeito durante a noite. Não pareceu acordar mais ou menos vezes, nem de uma forma mais ou menos assustada ou gritada. A diferença, para falar bem a verdade, foi amamentar na cadeira ao invés da cama. E só.
Nenhum comentário:
Postar um comentário