Tenho pensado muito sobre tudo o que envolve o modelo de maternagem que eu estou tentando seguir e a minha capacidade (ou vontade) de aceitar e praticar tudo isso. E cheguei à conclusão de que o fato de não comprar o pacote todo não põe tudo a perder. Pelo menos no meu caso, acho que é uma questão de escolher suas batalhas e trabalhar dentro das suas prioridades e possibilidades.
Tem um monte de coisa na criação da Ju que eu faço questão e outras que acabo relevando. Faço questão de aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e depois prolongado, com um possível desmame natural. Então me desdobro pra continuar dando LM mesmo com o meu retorno ao trabalho. Faço questão de cama compartilhada, então acabo deixando o maridão e a vida sexual um pouco de lado nesse período (correndo o risco de levar uma bronca do tal maridão, que também tem suas necessidades, né?). Fiz questão de um parto humanizado e respeitoso, e assim foi.
Por outro lado, aceitei o uso da chupeta e da mamadeira, dentro do que eu acho tolerável (chupeta para dormir, sem virar um 'cala-boca-nenê', mamadeira para se alimentar quando estiver longe de mim, após a tentativa frustrada do copinho), ainda não consegui usar fralda de pano (apesar de ainda ter vontade - quem sabe um dia?), ainda não consegui doar leite (mesmo caso da fralda). Do mesmo jeito que sonhava com uma escola meio Waldorf, com brinquedos de madeira, brincadeiras na terra e 0 de televisão, mas não tenho grana para isso.
Apesar de sempre ter sido contra a chupeta, me deparei com uma bebê com uma necessidade imensa de sugar mas que recusava o peito cheio de leite. Apesar de sempre ter sido contra a mamadeira, me deparei com tentativas frustradas de usar o copinho e o risco de o pessoal da escolinha não a alimentar direito com esse artifício. Apesar de querer usar fralda de pano, me deparei com a vida moderna, tendo menos tempo que minha mãe tinha para cuidar das coisas da casa e dos filhos. Mesmo querendo doar leite, me deparei com a demora para me adaptar com a rotina de esterilização de potes e bomba e, quando consegui me adaptar, todo o leite ordenhado virou alimento da Ju. Mesmo querendo passar o dia todo com a Ju em casa, me deparei com a mesma vida moderna que me obriga a voltar ao trabalho antes do momento que eu gostaria e com a necessidade de deixá-la em uma escola que se revelou a melhor opção dentro do que eu posso pagar, com os melhores horários para minha rotina e em um lugar próximo o suficiente da minha casa.
Ou seja, acho que o principal é aceitar a realidade como ela se mostra e confiar nas nossas decisões. E, acima de tudo, se dedicar ao máximo. O nosso máximo.
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