segunda-feira, 11 de março de 2013

Agora o 11 é igual a 24.

Postado ontem pela manhã no Facebook.

E pensar que, dois anos atrás, eu acordava para ter um dia cheio. Passaria a manhã lavando as roupas e cuidando das coisas da nenê que estava por vir. Depois do almoço iria no consultório da médica-anjo-humanizada que nos acompanhava para saber que tudo estava mais que ok, deixaria o marido no trabalho e iria no brechó buscar carrinho e bebê conforto (algo me dizia que não poderia passar daquele dia), carregando barrigão e carga até o carro estacionado a 2 quarteirões da loja. E ainda iria ao mercado, faria compras, carregaria e descarregaria o carro, guardaria as compras, para só depois buscar o marido no trabalho. Tudo isso com contrações contínuas, um tanto incômodas, mas que na minha cabeça não queriam dizer nada de mais.
Durante a noite o TP realmente engrenaria, as 5h da manhã as dores viriam com tudo (põe tudo nisso), as 7h a doula chegaria em casa, as 8h30 a médica descobriria apenas 1cm de dilatação e um colo fino feito papel. Nos deixaria em casa para nos buscar depois do almoço e irmos juntos ao hospital.
E, por volta das 11h, com uma única força, Juju surpreenderia a todos, nascendo ali no banheiro, dentro da privada, com o pai e a doula assistindo, a mãe com a maior cara de WTF que alguém pode fazer.
Dois anos. Parece pouco, mas é um mundo inteiro. Daquela sensação indescritível (de tão deliciosa) para a manhã de hoje, trocentas coisas aconteceram. Aquele pacotinho que caiu na privada agora anda, fala, tem senso de humor, opinião, preferências. Canta e dança o dia todo, brinca, come feito o Godzila. Nos fez aprender, tomar decisões, repensar sobre respeito, cuidado, amor, família, futuro, prioridades, cansaço, falta de grana, comprometimento.
Para quem pensa em ter filhos, recomendo de olhos fechados. Porque a revolução interna que eles proporcionam é linda, rica e necessária.
Mas também recomendo que, ao acordar um dia no fim da gestação se sentindo estranha, não fique quietinha. Vá trabalhar, carregar peso, andar, faxinar. Partos quiabo existem! E, quando a doula disser "Levanta daí", LEVANTE. Banheira de porcelana não é para qualquer um.

Nenhum comentário:

Postar um comentário