quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

"... e deve ser mantido até a criança completar 2 (dois) anos de idade ou mais."


Daqui pouco mais de um mês, se tudo continuar caminhando como parece que vai caminhar, a Julia estará na categoria "ou mais". Muito diferente da realidade da maioria das crianças do Brasil e de muitos lugares do mundo. E, por ser diferente, trocentas vezes isso tem que ser "explicado" e "justificado" por mim. No médico, no supermercado, no trabalho, na rua, na chuva, na fazenda. Até na porra da casinha de sapê. Como não tenho lá muita paciência ou obrigação alguma de me justificar, uso a recomendação da OMS.

Pronto! É a explicação da autoridade mundial em saúde. Curta, grossa, efetiva. Científica. Mas parece não ser suficiente. A rebatida que eu levo normalmente é "Mas essa recomendação foi criada pela a OMS para os países pobres, onde as pessoas não tem dinheiro para comprar NAN".

Vamos juntos pensar um pouco sobre essa afirmação? Suponhamos que ela seja verdadeira. Então, seguindo esse raciocínio, é oficial o fato de que as crianças de até dois anos ou mais precisam de algum leite. Ou seja, desmamar (do leite que for) antes dessa idade não é bom.

Aí temos 2 opções:

1) O leite feito especificamente para aquela criança, gratuito, que já vem pronto, não precisa ser carregado, não precisa de acessórios, não acaba nunca.
2) O leite de outra espécie (eca!), produzido com trabalho escravo (acredite, as vacas leiteiras não são fofinhas e felizes como os desenhos das embalagens), que custa caro, precisa ser preparado, precisa de acessórios.

E querem me convencer de que a opção 2 é melhor que a 1? De que a opção 1 é apenas para a população carente e foi criada como política de saúde pública?

Moça, você é phyna. E eu prefiro ser pobre.


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