E aí eis que Julia brincava na sala da casa da avó. E o tio dela assistia um programa dominical, onde um pagodeiro/axezeiro/sertanejeiro/funkeiro cantava uma música na qual as mina pira, e as mina bombadona no palco do tal programa, com saias minúsculas e bundas gigantescas, dançavam daquele jeito vem-ni-mim-que-tô-facim. E em questões de milésimos de segundos, a Ju começa a imitar tudo o que vê. DESESPERADOR. Como faz pra proteger ela disso, gente? COMO FAZ???
Mas sabe o que é pior? Que depois de assistir uns trechos do Pânico na Band no dia anterior, sua mente se divide em duas. A parte principal, aquela que você dá valor e espera que seja a mais forte e importante, fica horrorizada e revoltada com o jeito que a mulherada gosta de ser objeto, produto, com o quanto a gente ainda tem que avançar nesse mundo. E a outra parte, aquela mais irracional, sentimentalista e idiota, entra em depressão e vai dormir num bode extremo, se sentindo horrorosa, fedida e um lixo, porque teve a auto estima destruída por aquelas mulheres lindas.
Que credibilidade eu vou ter para ensinar para ela que aquilo não está certo, se ao mesmo tempo eu tenho vontade de ser como elas, me sinto diminuída por elas e fico querendo trocar de corpo porque acho o meu horrível? Moça, EU sou machista.
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